O Templo do Senhor

O Templo do Senhor
15 anos batalhando pela fé que foi entregue aos santos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O que é Fundamentalismo

O que é Fundamentalismo?

Fundamentalismo se refere a fundamento, alicerce, base, sustentáculo. Normalmente quando este termo é utilizado a idéia a que se reporta é a de ortodoxia, de tradicional, de invariabilidade, de fundamental.
No contexto, ou âmbito, religioso, a origem deste conceito parece ter se perdido no tempo. Porém, um razoável referencial histórico parece remontar ao final do século XIX e início do século XX quando uma corrente filosófica chamada de Modernismo parecia querer desafiar a ortodoxia cristã, ou, pelo menos, procurar conciliá-la com as novas idéias e com os novos pensamentos oriundos de uma mescla de Darwinismo e de um nouveau Racionalismo, este último, por sua vez, derivado do Iluminismo europeu do século XVIII. Esta nova onda de Racionalismo do início do século XX foi a promotora de uma forte eclosão de idéias formadoras de uma outra corrente filosófica, mais radical e agressiva, conhecida como Secularismo. Segundo este último, a existência deve buscar um mínimo de, ou nenhuma, referência em Deus e no sobrenatural a fim de explicá-la. Finalmente, derivado do Secularismo, um outro, e ainda mais agressivo, pensamento filosófico surgiu, sendo chamado de Humanismo Secular, segundo o qual todos os aspectos dogmáticos da religião devem ser evitados.
Foi, precisamente, contra o Modernismo do início do século XX, promotor e facilitador do Ateísmo, que a Igreja Cristã Evangélica norte-americana se levantou a fim de defender o pensamento Cristão. Este movimento Cristão reivindicava, e reivindica, uma inabalável aderência às Escrituras Sagradas, a Bíblia, como o referencial central e insubstituível para a vida dos Cristãos. Este posicionamento resiste à todas as formas de críticas à Bíblia, reafirmando a infalibilidade e inerrância das Sagradas Escrituras. A este movimento Cristão deu-se o nome de Fundamentalismo.
Alguns dos tópicos mais frequentemente defendidos pelo Fundamentalismo Cristão são:
1-A infalibilidade e inerrância das Escrituras Sagradas, a Bíblia.
2-A Divindade de Jesus Cristo.
3-O nascimento virginal de Cristo.
4-A morte e a ressurreição de Jesus Cristo a fim de salvar a humanidade.
5-A segunda vinda de Cristo.
6-A Criação em seis dias literais, segundo o relato bíblico.
7-A Salvação eterna dos cristãos e a condenação eterna dos não cristãos.
Basicamente é esta a definição do Fundamentalismo Cristão, uma simples resposta às múltiplas tentativas de desacreditar a Bíblia e de contaminar a doutrina cristã com idéias e conceitos anti-bíblicos (Evolucionismo, Relativismo, Humanismo Secular, etc.)
Acepções do termo Fundamentalismo que nada têm a ver com os Cristãos.
Alienação
Este é um sentido pejorativo emprestado ao termo Fundamentalismo e que se refere a um falso posicionamento anti-científico do qual os Cristãos Fundamentalistas são frequentemente acusados. O âmago desta acusação diz respeito à resistência que nós Cristãos fazemos contra as asseverações de que a Bíblia possuiria erros e inexatidões, o que comprometeria, segundo os tais críticos, a divindade de sua autoria. Neste ponto o posicionamento cristão deve ser muito firme, pois está se difundindo um movimento crítico, blasfemo e ultrajante o qual assevera que o Senhor Jesus Cristo não teria existido. Há ainda outro movimento que assevera que Jesus Cristo não seria como a Bíblia o apresenta, mas seria um Cristo "diferente". Diante disso podemos, firmemente, citar as Escrituras:
"Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre." Hebreus 13:8
Preconceito
Esta talvez seja a mais desonesta e maliciosa acusação que sofremos por parte de indivíduos completamente mal intencionados. Se somos fiéis aos Escritos Bíblicos, e somos, isto não significa que sejamos preconceituosos, intolerantes ou até mesmo racistas como alguns, mentindo, nos acusam. Ser e estar fiel ao que a Bíblia afirma significa, literalmente, remar contra a maré de um mundo corrompido por toda sorte de injustiças e de perversidades. Não é, pois, de se admirar que pessoas com o coração infectado pelas paixões da atual Sodoma se levantem contra nós e nos acusem, e o fazem porque estranham que não concorramos com eles na concordância e na anuência da devassidão deste mundo. Novamente convém citar as Escrituras:
"Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós." Mateus 5:11
Islamismo
Este é um ponto gravíssimo de toda esta questão, pois é evidente o esforço que muitos inimigos e opositores do Evangelho têm feito no sentido de, falsamente, associar os Cristãos ao chamado Fundamentalismo Islâmico. E este esforço não consegue esconder a real intenção por detrás destas falsas acusações: o ódio e a perseguição contra os Cristãos.
Nada temos a ver com o Islamismo e muito menos com seus movimentos extremistas, como a Al-Fatah, o Hezbollah, a Jihad Islâmica ou a Intifada, todas estas manifestações políticas, militares, ultra-radicais e fortemente beligerantes fundamentadas em conceitos frutos de interpretações do Alcorão, um livro oposto à Bíblia e fortemente anticristão. Em que pese o reconhecimento de que tem havido maliciosas e desonestas intenções de utilizar o Alcorão com finalidades políticas e militares, o fato é que tais escritos suportam este tipo de atitude. É o próprio Alcorão e o Islamismo o responsável pela péssima fama desta religião árabe, haja visto os exemplos nefastos de regimes falsamente teocráticos, ditatoriais e sanguinários, como os regimes do Irã do Aiatolá Komeini, do Iraque de Saddam Hussein e do Afeganistão dos Taliban nos quais o povo os reconhecia como sendo porta-vozes balizados no Alcorão, ainda que tal afirmação não poderia se aplicar a uma maioria absoluta de árabes. E estas citações sem falar na atual onda de terrorismo internacional de organizações ultra-direitistas e fanáticas como a Al Qaeda de Osama Bin Laden.
Esta é uma abordagem bem simples da questão.
--
Dr Leadnet

A Decadência da Igreja Medieval

A Decadência da Igreja Medieval



I) As fases da igreja medieval
- Expansão
- Idade das Trevas
- Apogeu do papado
- Decadência do papado


II) A Igreja na Idade das Trevas

Causas da decadência:

- oficialização da Igreja pelo Estado Romano
- método “missionário” da Igreja
- declínio da hegemonia romana e aumento do domínio dos bárbaros
- aumento do “paganismo interno” no seio da Igreja

Situação da Igreja:

a) Decadência moral do clero:
Como exemplo o retrato da igreja francesa do séc VIII (fonte: R. H. Nichols)

- a maioria dos sacerdotes eram escravos ou criminosos foragidos
- os bispados eram propriedades privadas dos sacerdotes e eram negociados sem restrições
- o arcebispo de Ruão (França) não sabia ler
- o clero vivia as voltas com embriaguez e adultério
- ignorância e abandono das funções eclesiásticas eram freqüentes
- a simonia era a forma regular de entrar para a Igreja, e para tal haviam tabelas fixas
- os papas faziam toda sorte de conchavos políticos e criminosos para obter e manter o poder
- os imperadores depunham e coroavam papas segundo suas conveniências
- os mosteiros, quase sempre em menor grau, também estavam moralmente corrompidos

b) A decadência moral do povo:

- ignorância, pelo povo, dos preceitos do cristianismo bíblico (2Tm 3.16)
- falta de mudança de vida (conversão) pela maioria dos cristãos
- moral extremamente baixa entre o povo (depravação natural)
- auto grau de superstição, maldade e miséria na sociedade (paganismo)
- guerras e violência social
c) O culto e a religião popular:

- o paganismo cristão ou mitologia cristã domina o culto e a religiosidade do povo
- culto aos santos e a Maria (latria - dulia - hiperdulia)
- culto supersticioso e fetichista (festas santas, peregrinações, relíquias, a missa)
- religião do medo como no paganismo (animismo, espiritismo, magia)


A Igreja no final da idade média

a) Decadência do papado:

- surgimento do espírito nacionalista nos reinos da Europa
(França - Inglaterra e povos germânicos)
- Bonifácio VIII, em litígio com o rei da Inglaterra e França por questões de impostos, excomunga Felipe (França) e é preso por este rei, sem receber nenhum auxílio (1303)
- O “Cativeiro Babilônico da Igreja”. Em 1309 o papa, fugindo de Roma que fora invadida, estabelece seu trono eclesiástico em Avinhão, França, ficando assim sob a proteção e tutela do rei da França até 1377
- O “Grande Cisma do Papado”.
- 1377 o papa Gregório XI volta à Roma
- 1378 morre Gregório XI assume um papa em Roma e outro em Avinhão (30 anos)
- 1409 - O Concílio de Pisa escolhe um papa único mais os outros dois recusam-se a renunciar e a Igreja fica agora com três papas
- 1504 - O concílio de Constança elege, Martinho V papa único da Igreja

b) A Renascença como movimento de preparação da Reforma:

- Renascimento: séc. XIV, XV e XVI (especialmente depois da 2a 1/2 do séc XV)
Despertar racional de todas as faculdades da natureza humana
- grandes descobrimentos marítimos
- avanços na geografia física
- avanços na astronomia (Copérnico)
- valorização das ciências naturais
- invenção da imprensa (Gutemberg - 1450)
- mercantilismo colonial em substituição do sistema feudal de produção
- transformações políticas na sociedade européia
- retorno à cultura grego-romana e à filosofia clássica
- profundas transformações nas artes plásticas e literatura
- redescoberta do Novo Testamento grego
- o humanismo


Fonte principal:
História da Igreja Cristã - R. H. Nichols
Editora Cultura Cristã - 11a edição, São Paulo, 2000

Adaptado pelo
Rev. João Paulo

Protestantismo

Desdobramentos inicias do protestantismo


1) Luteranos
Martinho Lutero (1483-1546) - Wittenberg, Alemanha

- bases filosóficas no pensamento medieval (Velha Escola)
- consubstanciação na eucaristia pela ubiqüidade (O corpo de Cristo em, com e sob a oblata)
- regeneração batismal que apaga o poder do pecado no homem
- a graça de Deus torna-se irresistível pela graça batismal ou da pregação
- o arrependimento leva o homem á fé
- tutela do Estado cristão para a Igreja
- princípio regulador: tudo que não é proibido na Escritura é permitido no culto

2) Zuinglianos
Ulrico Zuínglio (1484-1531) - Basiléia, Suíça

- forte influência do pensamento humanista
- eucaristia como uma celebração simbólica da graça divina em Cristo
- nega a regeneração batismal
- vê os sacramentos apenas como símbolos
- nega que o pecado original, por si só, leve o homem a condenação

3) Calvinistas
João Calvino (1509-1564) - Genebra, Suíça

- influencia do pensamento agostiniano e humanista (Nova Escola)
- presença real e espiritual de Cristo na eucaristia
- batismo como forma de incorporação na graça da Aliança
- graça irresistível na vocação eficaz
- o arrependimento flui da fé
- Igreja e Estado cristãos trabalham juntos mas com funções diferentes
- princípio regulador: tudo o que não é ordenado nas Escrituras é proibido no culto

4) Anglicanos
Henrrique VIII - 1534, Inglaterra

- um rompimento político sem uma verdadeira reforma religiosa
- influência, nas religiosidade inglesa, das idéias de Wycliff através dos Irmãos Lollardos
- manutenção da estrutura de governo episcopal e de muitas práticas cúlticas romanistas
- forte embate entre calvinistas (puritanos) e anglicanos conservadores
- prevalecimento de uma fórmula confessional de base calvinista (Os Trinta e Nove Artigos)

Os Puritanos

- calvinistas ingleses, muitos deles refugiados em Genebra na perseguição da rainha Maria
- contra os aparatos medievais introduzidos no ritual cúltico da Igreja
- contra a sistema episcopal de governo na Igreja (presbiterianos ou independentes)
- pediam a saída da Igreja de todos os clérigos e membros que não tivessem vida moral condizente com o cristianismo
- responsáveis pela King James Version e pelo “movimento de leitura da Bíblia”
- foram perseguidos pelo Estado e muitos emigraram para os EUA
- participaram de uma revolução político-religiosa e tomaram o poder na Inglaterra

5) Radicais

a) Anabatistas: Conrado Grebel / Feliz Manz - Zurique, Suíça (bíblicos)
b) Menonitas: Meno Simons - Holanda / EUA (bíblicos)
c) Amish: Jacó Ammann - Suíça / EUA (bíblicos)
d) Huteritas: Jacó Hutter - Moravia / EUA (comunitários)
e) Schwenkfeldianos: Gaspar Schwenkfeld - Alemanha / EUA (místicos)

- repudiavam o Erastianismo (o vinculo Igreja - Estado)
- repudiavam o pedobatismo
- eram pacifistas, comunitários, e ascéticos
- tinham inclinações místicas
Reforma Protestante
1517
Calvinistas
1520
Zuinglianos
Luteranos
Anabatistas
1525
Presbiterianos
1560
Anglicanos
1534
Metodistas
1787
Batistas
1612

Rev. João Paulo

Reforma Protestante

- A Reforma Protestante do séc. XVI



1) Lutero - dados biográficos

- nasce em 10/11/1483 - Eisleben, Alemanha
- filho de um mineiro de religiosidade mediana
- 1501 vai para a universidade de Erfurt
- 1505 gradua-se em Artes (prepara-se para o estudo do direito)
- 1505 (17/07) após a morte de um amigo entra para o mosteiro agostiniano de Erfurt
- 1507 é ordenado sacerdote e no ano seguinte vai para Wittenberg
- 1509 gradua-se como bacharel em teologia
- 1512 recebe o grau de doutor em teologia e passa a lecionar em Wittenberg
- 1516 finalmente encontra paz na segurança da justificação pela graça de Deus
- 1517 (31/10) publica suas Noventa Teses na porta da catedral de Wittenberg
- 1521 é excomungado pela Igreja
- morre em 1546 - Wittenberg, Alemanha


2) A plenitude dos tempos para a Reforma

- declínio da Igreja e avanço dos ideais nacionalistas na Europa
- pouca autoridade do imperador Carlos V sobre os Países Baixos
- crise política entre a Igreja e os príncipes dos Países Baixos
- a difusão dos ideais humanistas pela Europa com o advento da imprensa


3) A Seqüência dos principais eventos

- a crise das Indulgências, cobradas desde 1506 para a construção da Basílica de S. Pedro
- a iminente chegada de Tetzel a Wittenberg
- 31/101517 - Lutero prega na porta da Catedral de Wittenberg suas famosas teses
- 1518 a ordem dominicana leva a Roma uma denuncia formal contra Lutero, por heresia
- no mesmo ano o papa Leão X convoca Lutero para Roma
- Lutero não é condenado por interferência de seu protetor, Frederico o Sábio , que conseguiu transferir o julgamento de Lutero para Augsburgo, onde ele se negou a retratar-se.
- 1519 ocorre o debate de Leipzig com Lutero e Karlstadt contra Eck. Lutero no debate é levado a negar a autoridade final do papa acima da Escritura e a admitir que, em alguns pontos, suas idéias eram as mesmas de J. Huss (condenado por heresia) negando assim a infalibilidade do Concilio de Constança
- 1521 Lutero é convocado para Dieta de Worms, recusa-se a retratação por suas idéias, e declara: “Não posso fazer outra coisa. Aqui estou. Deus me ajude. Amém.”
- Lutero é “seqüestrado” por ordem de Frederico e é levado a Wittenberg onde permanece em segurança. A revelia é excomungado e contra ele é expedido mandado de prisão para execução da pena por heresia
- 1522 publica a tradução do Novo testamento para o Alemão


4) As principais bandeiras da Reforma

- Reforma na doutrina
- Reforma na vida
- Reforma na Igreja
- Reforma no culto

a) Autoridade e infalibilidade da Bíblia (sola scriptura)
- somente a Bíblia é regra de fé e pratica dos cristãos
(vida, culto, teologia, Igreja)
- fim da tradição como fonte autoritativa para a Igreja
(purgatório, sacramentos, dulia, etc)

b) Justificação pela graça de Deus (sola gratia)
- apenas a graça de Deus é capaz de justificar o homem sem nenhuma participação das obras
- a graça divina é a segurança da justificação

c) O justo viverá pela fé (sola fide)
- a fé é o único de se alcançar os benefícios da justificação graciosa
- a fé é o único meio de se viver em santificação

d) O propósito do cristianismo é manifestar ao mundo a glória de Deus
- a glória não é da Igreja
- a glória não é do homem

e) Somente Cristo é o cabeça da Igreja
- nega o abuso da autoridade do papa sobre a Igreja embora não pregue o fim do papado
- nega a infalibilidade dos concílios

f) Sacerdócio universal dos cristãos
- acesso direto e imediato dos cristãos a Deus
- iluminação do Espírito Santo na leitura das Escrituras
(livre exame das Escrituras e não livre interpretação)

Rev. João Paulo