O Templo do Senhor

O Templo do Senhor
15 anos batalhando pela fé que foi entregue aos santos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Casamento Misto

O Casamento Misto

Dentro de uma sociedade que prega a liberdade total de ações encontramos a Igreja numa situação não muito confortável, pós a mesma não pode andar de conformidade com o padrão vigente e imperante desta sociedade. Está situação torna-se evidente em alguns dilemas em que o povo de Deus envolver-se, este é caso do casamento misto ou jugo desigual.
Para podermos discorrer de forma lógica precisamos primeiramente esclarecer o que seria um casamento misto a principio podemos afirmar que se trata de um relacionamento pessoal e matrimonial de duas pessoas que não professam o mesmo credo, proveniente de religiões diferentes, aplicando esta definição de forma particular seria um relacionamento entre uma pessoa filha do pacto e uma gentil, ou seja, um cristão com um incrédulo. Com relação a isto existe motivo para tanto alarido? Ou polemica? Qual o mal que há entre duas pessoas se relacionarem, ou melhor um homem e uma mulher terem uma vida conjugal. Em geral não existe problema algum. Entretanto para aquilo que Deus estabeleceu como sendo o padrão de povo separado e santo há muitos problemas. Então passemos a analisar segundo esta perspectiva qual seja as implicações para o casamento misto.
No A.T. Deus ordena para que seu povo não se misture com os povos visinhos para a preservação da sua pureza e santidade isto encontramos em : Dn 2:43 “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão pelo casamento; mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.”; Gn 6:2; Jz 2:6 “tomaram por mulheres as filhas deles, e deram as suas filhas aos filhos dos mesmos, e serviram aos seus deuses.”.
Chegando no N.T. observamos o mesmo padrão no qual o apostolo Paulo estabelece duras observações a qualquer possibilidade desta pratica vejamos II Cor. 6:14-18, pois segundo o texto não pode existir comunhão entre trevas e luz.
Com relação a tudo isto que já vimos podemos concluir o seguinte o que existe na verdade é uma carnalidade evidente dentro do povo de Deus que deveria ser santo porque para muitos, pouco importa a vida piedosa quando da escolha daquela pessoa que será parte integral da própria carne por isto é preciso repensar I Pd. 2:9 o que seja ser povo escolhido nação santa propriedade exclusiva de Deus.
Pr. Neilson José da Silva

A Pena de Morte

Pena de Morte

Atualmente no meio evangélico certamente não existe um assunto que seja mais polemico do que a pena de morte, ou seja, a pena capital. Entretanto de onde provem está polemica? E porque ela é ocasionada? Isto nós tentaremos compreender em poucas palavras .
Tais polemicas são oriundas de diversos seguimentos da sociedade, mais claramente podemos identificar algumas instituições que sempre estão à frente dos manifestos e levantes pulares, tanto no Brasil como no mundo entre estas podemos salientar a Anistia Internacional a qual estar totalmente impregnada com os princípios humanistas os quais militam sem qualquer critério real valido de valorização da vida humana. Devido a isto podemos salientar que muita desta dita valorização é inconsistente ao valor restritivo da pena capital. Outra instituição que se coloca determinantemente contra a pena capital é justamente a Igreja Católica Romana outrora uma velha aliada da mesma a qual já fez uso indiscriminado da tal e hoje a rejeita como um marido que trai a esposa e ainda abandona e difama perante a sociedade.
Aqui chegamos a este ponto com as seguintes idéias: À Anistia Internacional não faz uso de nenhum critério absoluto, e a Igreja Católica Romana a muito anda errante, os protestantes o que pensam. É exatamente neste ponto em que reside o problema por terem uma regra absoluta e um Senhor imutável deveriam ter como resultado uma proposta coesa e exata, isto seria uma conclusão bastante querente. Entretanto não é isto que vemos, mas, sim o oposto, encontramos os protestantes em geral divididos no que diz respeito à pena capital, uns se colocam favoráveis, outros contras e muitos se negam a ter um posicionamento.
Agora surgi uma pergunta, porque ocorre essa divisão no que diz respeito à pena de morte?
Podemos concluir que tal divisão ocorre devido à falta de uma correta interpretação e aceitação dos padrões de justiça que a Palavra de Deus estabelece como regimento perpetuo. E aqueles que se colocam contra a pena capital levantam alguns argumentos tais como:
1- Vivemos na graça e não mais na lei.
2- A lei moral expressa não matarás.
3- Quando é tirada a vida de alguém estamos atentando contra a imagem de Deus.
Em relação aos argumentos supra citados podemos afirmar o seguinte.
1- A pena capital é anterior a própria lei e o decálogo (Gn. 9:6)
2- A lei moral não proíbe a pena capital e sim enfatiza a santidade da vida, ou seja, proíbe de forma objetiva o assassinato.
3- A vida para Deus é tão preciosa que se alguém tira outra, perderá a sua própria, por não estar tão só, atentando contra o seu semelhante e sim por atentar contra a imagem de Deus, é justamente para preservar a imagem de Deus que a pena capital foi instituída (Gn. 9:6).
Entretanto este direito da aplicação da pena capital não pertence ao individuo e sim ao governo legitimamente instituído (Rm. 13:1-4) como a própria palavra estabelece não há autoridade que não provem Deus.
Pr. Neilson José da Silva

Divocio na Bíblia

O DIVÓRCIO NA BÍBLIA

“O resumo de uma posição equilibrada sobre o assunto nos dirá que tudo deve ser feito para manter o casamento”O divórcio tem sido uma das questões mais complexas da atualidade। Muita gente tem até receio de discutir o assunto abertamente – todavia, não se pode esquivar-se deste tema, que tem afetado a Igreja Evangélica। De um lado, os mais conservadores rejeitam o divórcio em toda e qualquer situação, mesmo nos casos de infidelidade conjugal। De outro, os liberais fazem uma releitura dos textos bíblicos que tratam da questão, sob a justificativa de que os tempos são outros e que ninguém deve ser obrigado a sofrer para sempre ao lado de quem não gosta। Diante de tanta polarização, é preciso lançar luz bíblica sobre a questão। Da perspectiva hermenêutica, deve-se ressaltar a importância do casamento registrada em Gênesis 2।18-24, na criação; e em de Deuteronômio 24।1-4, que fala da permissão para o divórcio. Todavia, a direção clara sobre o divórcio, em termos práticos, aparece, sem dúvida, no Novo Testamento. Como é bem conhecido, os textos dos evangelhos sinóticos que tratam do assunto são Mateus 5.31-32; Marcos 10.1-12; Lucas 16.16-18; e Mateus 19.1-12. Destes, o mais detalhado e significativo é aquele registrado por Mateus. Uma análise atenta do texto irá nos mostrar alguns fatos: *O divórcio era comum e fácil já nos dias de Jesus.*Cristo coloca o homem e a mulher em pé de igualdade. Entre os judeus, nenhuma mulher podia divorciar-se de seu marido. *Havia uma discussão entre os rabinos sobre o divórcio no tempo de Jesus. A questão era a interpretação das escolas de Hillel e de Shamai. A primeira aceitava o divórcio por “qualquer motivo”; a segunda, somente por “algo indecente” (ambos a partir da interpretação de Deuteronômio 24.1-4). Jesus posiciona-se do lado dos de Shamai, rejeitando a separação por “qualquer motivo” *Jesus procura mostrar que Deus está mais interessado no casamento do que no divórcio. Por isso, volta a atenção da discussão para a teologia do casamento na criação. Sua postura era clara: o casamento é monogâmico e deve durar por toda a vida.*É preciso dizer que a poligamia ainda era tolerada pelos judeus, pois o Antigo Testamento nunca a condenou.*O pecado praticado no divórcio, conforme Mateus 19, está relacionado com a quebra dos votos do casamento, isto é, a infidelidade.*A certidão dada pelo marido na ocasião da separação da mulher trazia uma frase que permitia a ela um novo casamento. Isso porque os judeus não incentivavam uma vida de solteiro.*Jesus corrige a teologia judaica, afirmando que a base teológica correta é “o princípio” e não “Moisés”. Aqui vemos o ideal cristão de restauração de todas as coisas conforme o princípio.*Como os judeus aceitavam a poligamia, especialmente no caso da escola de Hillel, o homem só adulterava se tomasse a mulher de outro homem.*A postura de Jesus tem a finalidade de proteger a mulher injustamente “despedida”.*Cristo afirmou inequivocamente que um divórcio não válido implica em adultério.Tudo indica que Jesus admite algum tipo divórcio ou de anulação do casamento em Mateus 19. O problema é o sentido de porneia, tradicionalmente traduzido por “prostituição”, cuja interpretação é de fato “imoralidade sexual”. A visão mais conservadora sugere que o termo se referia ao que acontecera antes do casamento – o marido descobria que a mulher não era virgem, e assim anulava o casamento. Outros até sugerem que a idéia fosse a de consangüinidade. A posição mais comum e mais fundamentada entende que Jesus se refere ao depois, isto é, se acontecesse alguma porneia. O termo não é literalmente adultério (moicheia), usado depois no texto. O significado da palavra é amplo e pode referir-se a qualquer tipo de imoralidade sexual. A comprovação dessa imoralidade permitia o divórcio sem culpa por parte do ofendido. Assim, o resumo de uma posição equilibrada sobre o assunto nos dirá que tudo deve ser feito para manter um casamento. Ainda que haja adultério, deve-se buscar restaurar o casal, a menos que isso seja impossível, se uma das partes insiste em viver na “imoralidade sexual”, o que pode englobar uma série de práticas como adultério, homossexualismo, bestialidade, incesto e pedofilia. Infelizmente, o divórcio é um remédio amargo que se toma para evitar viver em bigamia, poligamia e promiscuidade. Todavia, a questão se torna mais complicada diante de I Coríntios 7. A dificuldade é que o texto parece sugerir que a separação é até compreensível, mas o recasamento é inaceitável. É preciso ressaltar desde o início que o contexto é bem diferente do que vemos nos evangelhos. Em I Coríntios 7, o problema principal é o casamento misto. A pergunta que se fazia não era sobre adultério ou traição. A questão era: o convertido a Cristo deveria abandonar seu cônjuge pagão? Com base no versículo 1, parece que alguns cristãos não queriam ter relações íntimas com o cônjuge descrente. Além disso, é importante ressaltar que o casamento misto sempre foi condenado pelos judeus – tanto, que os filhos desses casamentos eram tidos como ilegítimos. O mesmo problema aparece aqui. Alguns cristãos achavam que deveriam separar-se do seu cônjuge pagão para que seus filhos fossem “santos”. Ao lidar com a questão, Paulo mostra-se muito prático. Uma razão para isso era que a lei romana era muito flexível e liberal para com o divórcio. Muitos simplesmente abandonavam o cônjuge. Ao chegarmos ao versículo 10, vemos que Paulo ordena que a mulher não se separe do marido. O texto refere-se à ordem de Jesus e aplica-se contextualmente. Tal orientação destina-se a mulheres crentes que achavam que deveriam deixar o marido descrente. Seguindo o ensino de Cristo, ela não poderia casar-se de novo, pois isso seria adultério, conforme Mateus 19.9. Aqui não houve porneia. No caso de imoralidade o divórcio foi permitido; no caso de um motivo injustificado, como o caso de um cônjuge pagão, o divórcio é proibido. Todavia, caso a convivência ficasse impossível, a separação era aceitável, mas não o recasamento. Assim, o cristão estava proibido de casar-se de novo. A questão parece ser diferente nos versos de 12 a 15. O texto fala agora de cristãos que poderiam ser abandonados pelos cônjuges descrentes. A ênfase é fazer o possível para continuar casado – mas, se o descrente resolvesse separar-se, o cristão não seria culpável (v.15). A dificuldade de interpretação no verso 15 é a frase “debaixo de servidão”. As sugestões são várias: a pessoa estaria livre da lei de Cristo (Mt 19) e poderia divorciar-se; a pessoa estaria livre para separar-se, mas não deveria escravizar-se a nenhum outro cônjuge; a pessoa estaria livre da escravidão do marido; a pessoa, isto é, a mulher estaria livre pela primeira vez para escolher o seu futuro. A frase parece indicar possibilidade de novo casamento, caso um dos parceiros fosse abandonado por um cônjuge descrente que definiu sua situação com outra pessoa. Finalizando, vale mencionar que a frase “chamou para a paz” parece indicar uma expressão rabínica que significaria “fazer justiça sem ser muito legalista”. Isso indicaria a flexibilidade de Paulo neste caso específico.
Luiz Sayão
Teólogo, hebraísta, escritos e tradutor da Bíblia. É também professor da Faculdade Batista de São Paulo, do Seminário Servo de Cristo e professor visitante do Gordon-Conwell Seminary.
Fonte: Revista Eclésia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O que é Fundamentalismo

O que é Fundamentalismo?

Fundamentalismo se refere a fundamento, alicerce, base, sustentáculo. Normalmente quando este termo é utilizado a idéia a que se reporta é a de ortodoxia, de tradicional, de invariabilidade, de fundamental.
No contexto, ou âmbito, religioso, a origem deste conceito parece ter se perdido no tempo. Porém, um razoável referencial histórico parece remontar ao final do século XIX e início do século XX quando uma corrente filosófica chamada de Modernismo parecia querer desafiar a ortodoxia cristã, ou, pelo menos, procurar conciliá-la com as novas idéias e com os novos pensamentos oriundos de uma mescla de Darwinismo e de um nouveau Racionalismo, este último, por sua vez, derivado do Iluminismo europeu do século XVIII. Esta nova onda de Racionalismo do início do século XX foi a promotora de uma forte eclosão de idéias formadoras de uma outra corrente filosófica, mais radical e agressiva, conhecida como Secularismo. Segundo este último, a existência deve buscar um mínimo de, ou nenhuma, referência em Deus e no sobrenatural a fim de explicá-la. Finalmente, derivado do Secularismo, um outro, e ainda mais agressivo, pensamento filosófico surgiu, sendo chamado de Humanismo Secular, segundo o qual todos os aspectos dogmáticos da religião devem ser evitados.
Foi, precisamente, contra o Modernismo do início do século XX, promotor e facilitador do Ateísmo, que a Igreja Cristã Evangélica norte-americana se levantou a fim de defender o pensamento Cristão. Este movimento Cristão reivindicava, e reivindica, uma inabalável aderência às Escrituras Sagradas, a Bíblia, como o referencial central e insubstituível para a vida dos Cristãos. Este posicionamento resiste à todas as formas de críticas à Bíblia, reafirmando a infalibilidade e inerrância das Sagradas Escrituras. A este movimento Cristão deu-se o nome de Fundamentalismo.
Alguns dos tópicos mais frequentemente defendidos pelo Fundamentalismo Cristão são:
1-A infalibilidade e inerrância das Escrituras Sagradas, a Bíblia.
2-A Divindade de Jesus Cristo.
3-O nascimento virginal de Cristo.
4-A morte e a ressurreição de Jesus Cristo a fim de salvar a humanidade.
5-A segunda vinda de Cristo.
6-A Criação em seis dias literais, segundo o relato bíblico.
7-A Salvação eterna dos cristãos e a condenação eterna dos não cristãos.
Basicamente é esta a definição do Fundamentalismo Cristão, uma simples resposta às múltiplas tentativas de desacreditar a Bíblia e de contaminar a doutrina cristã com idéias e conceitos anti-bíblicos (Evolucionismo, Relativismo, Humanismo Secular, etc.)
Acepções do termo Fundamentalismo que nada têm a ver com os Cristãos.
Alienação
Este é um sentido pejorativo emprestado ao termo Fundamentalismo e que se refere a um falso posicionamento anti-científico do qual os Cristãos Fundamentalistas são frequentemente acusados. O âmago desta acusação diz respeito à resistência que nós Cristãos fazemos contra as asseverações de que a Bíblia possuiria erros e inexatidões, o que comprometeria, segundo os tais críticos, a divindade de sua autoria. Neste ponto o posicionamento cristão deve ser muito firme, pois está se difundindo um movimento crítico, blasfemo e ultrajante o qual assevera que o Senhor Jesus Cristo não teria existido. Há ainda outro movimento que assevera que Jesus Cristo não seria como a Bíblia o apresenta, mas seria um Cristo "diferente". Diante disso podemos, firmemente, citar as Escrituras:
"Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre." Hebreus 13:8
Preconceito
Esta talvez seja a mais desonesta e maliciosa acusação que sofremos por parte de indivíduos completamente mal intencionados. Se somos fiéis aos Escritos Bíblicos, e somos, isto não significa que sejamos preconceituosos, intolerantes ou até mesmo racistas como alguns, mentindo, nos acusam. Ser e estar fiel ao que a Bíblia afirma significa, literalmente, remar contra a maré de um mundo corrompido por toda sorte de injustiças e de perversidades. Não é, pois, de se admirar que pessoas com o coração infectado pelas paixões da atual Sodoma se levantem contra nós e nos acusem, e o fazem porque estranham que não concorramos com eles na concordância e na anuência da devassidão deste mundo. Novamente convém citar as Escrituras:
"Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós." Mateus 5:11
Islamismo
Este é um ponto gravíssimo de toda esta questão, pois é evidente o esforço que muitos inimigos e opositores do Evangelho têm feito no sentido de, falsamente, associar os Cristãos ao chamado Fundamentalismo Islâmico. E este esforço não consegue esconder a real intenção por detrás destas falsas acusações: o ódio e a perseguição contra os Cristãos.
Nada temos a ver com o Islamismo e muito menos com seus movimentos extremistas, como a Al-Fatah, o Hezbollah, a Jihad Islâmica ou a Intifada, todas estas manifestações políticas, militares, ultra-radicais e fortemente beligerantes fundamentadas em conceitos frutos de interpretações do Alcorão, um livro oposto à Bíblia e fortemente anticristão. Em que pese o reconhecimento de que tem havido maliciosas e desonestas intenções de utilizar o Alcorão com finalidades políticas e militares, o fato é que tais escritos suportam este tipo de atitude. É o próprio Alcorão e o Islamismo o responsável pela péssima fama desta religião árabe, haja visto os exemplos nefastos de regimes falsamente teocráticos, ditatoriais e sanguinários, como os regimes do Irã do Aiatolá Komeini, do Iraque de Saddam Hussein e do Afeganistão dos Taliban nos quais o povo os reconhecia como sendo porta-vozes balizados no Alcorão, ainda que tal afirmação não poderia se aplicar a uma maioria absoluta de árabes. E estas citações sem falar na atual onda de terrorismo internacional de organizações ultra-direitistas e fanáticas como a Al Qaeda de Osama Bin Laden.
Esta é uma abordagem bem simples da questão.
--
Dr Leadnet

A Decadência da Igreja Medieval

A Decadência da Igreja Medieval



I) As fases da igreja medieval
- Expansão
- Idade das Trevas
- Apogeu do papado
- Decadência do papado


II) A Igreja na Idade das Trevas

Causas da decadência:

- oficialização da Igreja pelo Estado Romano
- método “missionário” da Igreja
- declínio da hegemonia romana e aumento do domínio dos bárbaros
- aumento do “paganismo interno” no seio da Igreja

Situação da Igreja:

a) Decadência moral do clero:
Como exemplo o retrato da igreja francesa do séc VIII (fonte: R. H. Nichols)

- a maioria dos sacerdotes eram escravos ou criminosos foragidos
- os bispados eram propriedades privadas dos sacerdotes e eram negociados sem restrições
- o arcebispo de Ruão (França) não sabia ler
- o clero vivia as voltas com embriaguez e adultério
- ignorância e abandono das funções eclesiásticas eram freqüentes
- a simonia era a forma regular de entrar para a Igreja, e para tal haviam tabelas fixas
- os papas faziam toda sorte de conchavos políticos e criminosos para obter e manter o poder
- os imperadores depunham e coroavam papas segundo suas conveniências
- os mosteiros, quase sempre em menor grau, também estavam moralmente corrompidos

b) A decadência moral do povo:

- ignorância, pelo povo, dos preceitos do cristianismo bíblico (2Tm 3.16)
- falta de mudança de vida (conversão) pela maioria dos cristãos
- moral extremamente baixa entre o povo (depravação natural)
- auto grau de superstição, maldade e miséria na sociedade (paganismo)
- guerras e violência social
c) O culto e a religião popular:

- o paganismo cristão ou mitologia cristã domina o culto e a religiosidade do povo
- culto aos santos e a Maria (latria - dulia - hiperdulia)
- culto supersticioso e fetichista (festas santas, peregrinações, relíquias, a missa)
- religião do medo como no paganismo (animismo, espiritismo, magia)


A Igreja no final da idade média

a) Decadência do papado:

- surgimento do espírito nacionalista nos reinos da Europa
(França - Inglaterra e povos germânicos)
- Bonifácio VIII, em litígio com o rei da Inglaterra e França por questões de impostos, excomunga Felipe (França) e é preso por este rei, sem receber nenhum auxílio (1303)
- O “Cativeiro Babilônico da Igreja”. Em 1309 o papa, fugindo de Roma que fora invadida, estabelece seu trono eclesiástico em Avinhão, França, ficando assim sob a proteção e tutela do rei da França até 1377
- O “Grande Cisma do Papado”.
- 1377 o papa Gregório XI volta à Roma
- 1378 morre Gregório XI assume um papa em Roma e outro em Avinhão (30 anos)
- 1409 - O Concílio de Pisa escolhe um papa único mais os outros dois recusam-se a renunciar e a Igreja fica agora com três papas
- 1504 - O concílio de Constança elege, Martinho V papa único da Igreja

b) A Renascença como movimento de preparação da Reforma:

- Renascimento: séc. XIV, XV e XVI (especialmente depois da 2a 1/2 do séc XV)
Despertar racional de todas as faculdades da natureza humana
- grandes descobrimentos marítimos
- avanços na geografia física
- avanços na astronomia (Copérnico)
- valorização das ciências naturais
- invenção da imprensa (Gutemberg - 1450)
- mercantilismo colonial em substituição do sistema feudal de produção
- transformações políticas na sociedade européia
- retorno à cultura grego-romana e à filosofia clássica
- profundas transformações nas artes plásticas e literatura
- redescoberta do Novo Testamento grego
- o humanismo


Fonte principal:
História da Igreja Cristã - R. H. Nichols
Editora Cultura Cristã - 11a edição, São Paulo, 2000

Adaptado pelo
Rev. João Paulo

Protestantismo

Desdobramentos inicias do protestantismo


1) Luteranos
Martinho Lutero (1483-1546) - Wittenberg, Alemanha

- bases filosóficas no pensamento medieval (Velha Escola)
- consubstanciação na eucaristia pela ubiqüidade (O corpo de Cristo em, com e sob a oblata)
- regeneração batismal que apaga o poder do pecado no homem
- a graça de Deus torna-se irresistível pela graça batismal ou da pregação
- o arrependimento leva o homem á fé
- tutela do Estado cristão para a Igreja
- princípio regulador: tudo que não é proibido na Escritura é permitido no culto

2) Zuinglianos
Ulrico Zuínglio (1484-1531) - Basiléia, Suíça

- forte influência do pensamento humanista
- eucaristia como uma celebração simbólica da graça divina em Cristo
- nega a regeneração batismal
- vê os sacramentos apenas como símbolos
- nega que o pecado original, por si só, leve o homem a condenação

3) Calvinistas
João Calvino (1509-1564) - Genebra, Suíça

- influencia do pensamento agostiniano e humanista (Nova Escola)
- presença real e espiritual de Cristo na eucaristia
- batismo como forma de incorporação na graça da Aliança
- graça irresistível na vocação eficaz
- o arrependimento flui da fé
- Igreja e Estado cristãos trabalham juntos mas com funções diferentes
- princípio regulador: tudo o que não é ordenado nas Escrituras é proibido no culto

4) Anglicanos
Henrrique VIII - 1534, Inglaterra

- um rompimento político sem uma verdadeira reforma religiosa
- influência, nas religiosidade inglesa, das idéias de Wycliff através dos Irmãos Lollardos
- manutenção da estrutura de governo episcopal e de muitas práticas cúlticas romanistas
- forte embate entre calvinistas (puritanos) e anglicanos conservadores
- prevalecimento de uma fórmula confessional de base calvinista (Os Trinta e Nove Artigos)

Os Puritanos

- calvinistas ingleses, muitos deles refugiados em Genebra na perseguição da rainha Maria
- contra os aparatos medievais introduzidos no ritual cúltico da Igreja
- contra a sistema episcopal de governo na Igreja (presbiterianos ou independentes)
- pediam a saída da Igreja de todos os clérigos e membros que não tivessem vida moral condizente com o cristianismo
- responsáveis pela King James Version e pelo “movimento de leitura da Bíblia”
- foram perseguidos pelo Estado e muitos emigraram para os EUA
- participaram de uma revolução político-religiosa e tomaram o poder na Inglaterra

5) Radicais

a) Anabatistas: Conrado Grebel / Feliz Manz - Zurique, Suíça (bíblicos)
b) Menonitas: Meno Simons - Holanda / EUA (bíblicos)
c) Amish: Jacó Ammann - Suíça / EUA (bíblicos)
d) Huteritas: Jacó Hutter - Moravia / EUA (comunitários)
e) Schwenkfeldianos: Gaspar Schwenkfeld - Alemanha / EUA (místicos)

- repudiavam o Erastianismo (o vinculo Igreja - Estado)
- repudiavam o pedobatismo
- eram pacifistas, comunitários, e ascéticos
- tinham inclinações místicas
Reforma Protestante
1517
Calvinistas
1520
Zuinglianos
Luteranos
Anabatistas
1525
Presbiterianos
1560
Anglicanos
1534
Metodistas
1787
Batistas
1612

Rev. João Paulo

Reforma Protestante

- A Reforma Protestante do séc. XVI



1) Lutero - dados biográficos

- nasce em 10/11/1483 - Eisleben, Alemanha
- filho de um mineiro de religiosidade mediana
- 1501 vai para a universidade de Erfurt
- 1505 gradua-se em Artes (prepara-se para o estudo do direito)
- 1505 (17/07) após a morte de um amigo entra para o mosteiro agostiniano de Erfurt
- 1507 é ordenado sacerdote e no ano seguinte vai para Wittenberg
- 1509 gradua-se como bacharel em teologia
- 1512 recebe o grau de doutor em teologia e passa a lecionar em Wittenberg
- 1516 finalmente encontra paz na segurança da justificação pela graça de Deus
- 1517 (31/10) publica suas Noventa Teses na porta da catedral de Wittenberg
- 1521 é excomungado pela Igreja
- morre em 1546 - Wittenberg, Alemanha


2) A plenitude dos tempos para a Reforma

- declínio da Igreja e avanço dos ideais nacionalistas na Europa
- pouca autoridade do imperador Carlos V sobre os Países Baixos
- crise política entre a Igreja e os príncipes dos Países Baixos
- a difusão dos ideais humanistas pela Europa com o advento da imprensa


3) A Seqüência dos principais eventos

- a crise das Indulgências, cobradas desde 1506 para a construção da Basílica de S. Pedro
- a iminente chegada de Tetzel a Wittenberg
- 31/101517 - Lutero prega na porta da Catedral de Wittenberg suas famosas teses
- 1518 a ordem dominicana leva a Roma uma denuncia formal contra Lutero, por heresia
- no mesmo ano o papa Leão X convoca Lutero para Roma
- Lutero não é condenado por interferência de seu protetor, Frederico o Sábio , que conseguiu transferir o julgamento de Lutero para Augsburgo, onde ele se negou a retratar-se.
- 1519 ocorre o debate de Leipzig com Lutero e Karlstadt contra Eck. Lutero no debate é levado a negar a autoridade final do papa acima da Escritura e a admitir que, em alguns pontos, suas idéias eram as mesmas de J. Huss (condenado por heresia) negando assim a infalibilidade do Concilio de Constança
- 1521 Lutero é convocado para Dieta de Worms, recusa-se a retratação por suas idéias, e declara: “Não posso fazer outra coisa. Aqui estou. Deus me ajude. Amém.”
- Lutero é “seqüestrado” por ordem de Frederico e é levado a Wittenberg onde permanece em segurança. A revelia é excomungado e contra ele é expedido mandado de prisão para execução da pena por heresia
- 1522 publica a tradução do Novo testamento para o Alemão


4) As principais bandeiras da Reforma

- Reforma na doutrina
- Reforma na vida
- Reforma na Igreja
- Reforma no culto

a) Autoridade e infalibilidade da Bíblia (sola scriptura)
- somente a Bíblia é regra de fé e pratica dos cristãos
(vida, culto, teologia, Igreja)
- fim da tradição como fonte autoritativa para a Igreja
(purgatório, sacramentos, dulia, etc)

b) Justificação pela graça de Deus (sola gratia)
- apenas a graça de Deus é capaz de justificar o homem sem nenhuma participação das obras
- a graça divina é a segurança da justificação

c) O justo viverá pela fé (sola fide)
- a fé é o único de se alcançar os benefícios da justificação graciosa
- a fé é o único meio de se viver em santificação

d) O propósito do cristianismo é manifestar ao mundo a glória de Deus
- a glória não é da Igreja
- a glória não é do homem

e) Somente Cristo é o cabeça da Igreja
- nega o abuso da autoridade do papa sobre a Igreja embora não pregue o fim do papado
- nega a infalibilidade dos concílios

f) Sacerdócio universal dos cristãos
- acesso direto e imediato dos cristãos a Deus
- iluminação do Espírito Santo na leitura das Escrituras
(livre exame das Escrituras e não livre interpretação)

Rev. João Paulo